segunda-feira, 26 de abril de 2010

ÁBRETE CORAZÓN

Uma linda música que recebi do amigo Fabricio Azolin
Sou Grata, Eli



Ábrete corazón, ábrete sentimiento
Ábrete entendimiento, deja al lado la razón
Y deja brillar el sol, escondido en tu interior
Ábrete corazón, ábrete sentimiento
Ábrete entendimiento, deja al lado la razón
Y deja brillar el sol, escondido en tu interior
Ábrete memoria antigua
Escondida en las piedras
En las plantas, en el aire
Recuerda lo que aprendiste
Bajo agua, bajo fuego
Hace ya, ya mucho tiempo
Ya es hora ya, ya es hora
Abre la miente I recuerda
Como el espíritu cura
Como el amor sana
Y como el árbol florece
Y la vida perdura, Y la vida perdura

fonte: http://labirintosagrado.blogspot.com/

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Índio Cara Pálida

Índio cara pálida,  cara de índio.
Índio cara pálida, cara de índio.
Sua ação é válida, meu caro índio.
Sua ação é válida, válida ao índio.
Nessa terra tudo dá, terra de índio.
Nessa terra tudo dá, não para o índio.
Quando alguém puder plantar, quem sabe índio.
Quando alguém puder plantar, não é índio.


Índio quer se nomear, nome de índio.
Índio quer se nomear, duvido índio.
Isso pode demorar, te cuida índio.
Isso pode demorar, coisa de índio.

Índio sua pipoca, tá pouca índio.
Índio quer pipoca, te toca índio.
Se o índio se tocar, touca de índio.
Se o índio toca, não chove índio.
Se quer abrir a boca, pra sorrir índio.
Se quer abrir a boca, na toca índio.
A minha também tá pouca, cota de índio.
Apesar da minha roupa, também sou índio.

Índios - 19 de abril

Antes das cidades de asfalto e concreto serem erguidas, qual a vida que aqui existia?
Antes do Espanhol e do Português se tornarem os idiomas dominantes, que línguas aqui predominavam?...

– Povos Indígenas da América Latina –

Um antigo ditado indígena ensina: “Anda com mansidão sobre a terra – ela é sagrada.”

O que significa “andar com mansidão sobre a terra”?
Como proceder para senti-la sagrada?
O resgate do senso de orientação. A capacidade de acolhimento.
Um ponto de vista solidário.
A ancestral sabedoria indígena.
O cuidado com a Natureza.
E o cuidado com a Vida.
Menino da etnia Manoki aprende a tocar a flauta sagrada, durante ritual de iniciação.
Por algumas semanas, todos os meninos entre 12 e 14 anos da aldeia são reunidos para as festividades, rituais e cerimônias que marcam o rito de passagem para a idade adulta. Complexas e riquíssimas tradições – mitos e cosmovisões transmitidos através de símbolos, ritos, cânticos, danças e histórias.
Transmissão de valores regionais, comunitários e espirituais.
Os mistérios e os segredos que embelezam e banham de sentido e significado a jornada terrena.

O Sopro que no âmago do sopro reside.
O Silêncio que no coração do silêncio habita.
Mistérios...
Uma espiritualidade que, diferentemente da nossa, permeia todos os aspectos e todas as horas do dia.
O olhar amoroso e acolhedor para com a vida, em todas as suas manifestações e formas.

Menina da etnia Ache brinca com um filhote de porco-do-mato. Canindeyú, Paraguai
Diversas tribos indígenas mantêm um antigo costume de adoção de pequenos animais órfãos. Porcos-do-mato, quatis, macacos, preguiças e aves – criados como se fossem parte da família. O sagrado pulsar da Vida.
“Anda com mansidão sobre a terra –ela é sagrada.”
Todos os valores esquecidos e ignorados pelo nosso mundo “civilizado”, que necessitamos reaprender e resgatar.

Valores estes tão presentes e vivos nas culturas indígenas.
O respeito pelos mais velhos.
O cuidado para com as crianças e a infância.
Nas comunidades indígenas, todo pequeno aspecto e ato do cotidiano – sejam as pinturas corporais, os ornamentos ou as cerâmicas –transpira a espiritualidade e a identidade ancestral.

Pintura facial - Asurini do Xingu - Pará, Brasil







A anciã mexicana, da etnia Temoaya, nos dirige o olhar. A ancestral sabedoria acumulada. Os saberes e a herança étnica. O mundo que ela vê, quão diferente é do que os nossos olhos enxergam. Se sentássemos para ouvir as suas palavras, possivelmente nos diria:
“É preciso ter mais cuidado com o nosso planeta.”
“É preciso ter mais cuidado com a Vida.”
“Cuidai da infância – com mais atenção, amor e carinho.”
“Diante do atual descuido com o presente, que futuro podemos esperar?...”

A pequena índia rema suavemente. Na serenidade do seu riso, e por meio da alegria em seu olhar...ela nos recorda que, para além da nossa atribulada rotina moderna, existem outros valores, outras formas de se viver a vida. Outras alegrias, e uma nova esperança. Um outro mundo, impermeável às palavras. É preciso coração para habitá-lo. Nele, nem a vida teme a morte, nem a primavera ao outono dá lugar.


“Siga sua bem-aventurança.” Joseph Campbell

Pequenas índias da etnia Quechua - Incuyo, Peru

Pequeninos olhos da etnia Aymara - La Paz, Bolívia

Menina da etnia Pai Tavyterã - Paraguai

Menina da etnia Waorani (ou Huaorani) - Equador



E ao cuidarmos, respeitarmos e valorizarmos a cultura indígena...talvez também estejamos cuidando daquilo de mais valioso que possuímos:

A essência do nosso próprio ser. Um resgate daquilo que confere vida à nossa alma.

O Sopro, o Silêncio e a Vida.

fonte: Formatação: um_peregrino@hotmail.com