quarta-feira, 16 de junho de 2010

Filhos do Céu e da Terra, Povo das Estrelas

Filhos do Céu e da Terra, Povo das Estrelas, é para mim uma grande honra me expressar, pela primeira vez neste canal.
Na época em que eu estava encarnada, meu nome era Pluma Branca [White Feather].
Agora, do outro lado do véu, meu nome é Snow.
Recebam a Paz do Espírito e minha gratidão por seu acolhimento.
Eu sou um dos doze suportes de Maria.
Is-Is, Sekhmet, Sehet, Myriam, Patchamama, qualquer que seja o nome que vocês lhes dêem, ela é nossa Mãe de todos.
Eu a acompanho com minhas Virtudes.
Por favor, abandonem-se um instante ao que evoca para vocês a nevada, neve, porque de acordo com a maneira como é vista, a neve pode ser, para vocês, frio, morte, ausência de vida ou, ao contrário, plenitude, cor imaculada.
Cada uma das irmãs de Maria que vem a vocês é portadora de uma especificação, Vibratória e de Presença, de Maria.
Snow é pureza e profundez.
Eu não vou aborrecê-los com o que eu fui, mas simplesmente dizer-lhes que eu nasci em outra cultura, em meio a uma outra visão sobre a vida onde toda vida provinha do Grande Espírito, onde toda vida tinha uma filiação, uma origem religada ao Grande Espírito.
Enquanto que irmã de Maria, eu apresento pureza e profundez.
Eu apresento então, para vocês, uma Vibração, uma Consciência, em estado de ser.
Em meio a esse estado de ser, vocês poderão atingir e viver a Profundez, a Pureza, a imensidão.
Ainda não é o momento de lhes revelar nossos papéis em meio à Presença Mariana.
É momento para mim de ajudá-los a reforçar sua pureza e sua profundez, ou como diria Um Amigo, sua própria Presença, porque estando presentes em si mesmos, imergindo no seio do Grande Espírito, no seio da Mãe Terra, vocês podem se mesclar à Pureza, à Profundez, e viver a Paz e uma densidade diferente daquela conhecida em meio à matéria.

***
O que acontece em meio à matéria da Terra, é um parto.
Como todo parto, este parto se traduz em grandes alegrias, em dores e sofrimento inerentes à condição da matéria, mas um parto é a promessa também de uma nova vida, de um novo impulso.
Essa nova vida, esse novo ímpeto, assume particular importância, porque não se trata de um parto comum, mas de um parto que irá permitir o retorno ao Grande Espírito.
Isso é, no seio do meu povo e de meus povos os mais antigos (presentes na Terra desde as épocas da farsa, da falsificação), o momento do retorno ao Grande Espírito.
Cultive sua Paz, aquela que se pode encontrar estando-se desatrelado das emoções imediatas associadas aos sentidos, lembrando-se, por exemplo, da neve vivenciada na imensidão da montanha, livre de qualquer mácula onde o relevo desaparece em benefício da profundeza, onde o frio não pode mais existir pela claridade, pela pureza do ar e do sol.
É nessa Paz, nessa ausência de movimento aparente, nessa ausência de calor e de frio, que pode se manifestar a Profundez e a Pureza.

***
Vocês são chamados a viver algo de novo, mas esse novo não é totalmente desconhecido, simplesmente foi esquecido na trama desse tempo.
De fato, esse parto é os reencontros, como havia dito o Grande Espírito Solar Miguel, como ele os denominou, as Núpcias Celestes.
Esses reencontros com seu novo nascimento devem lhes dar alegria, esperança, certeza, também, pois, contrariamente a outras vezes, a Luz se estabelecerá de maneira definitiva.
Assim como na neve, quando o sol está em zênite, as sombras não mais existem, hoje, as sombras desaparecem.
O brilho da Luz e sua brancura se revelam a alguns dentre vocês, nas ações habituais, de maneira fulgurante, sob formas visuais, sonoras, sob forma de Vibrações.
O parto está em curso.
Toda nossa ronda criativa, nossa, as treze estrelas, se aproxima inexoravelmente de seu Plano material, desta densidade em que a sombra tentou meter a mão e manter em meio à ilusão.
A Pureza, o Brilho, a Brancura vêm acabar, transcender e apagar o que o deve ser,
Tanto para vocês como para os outros.
Avancem, avancem na confiança e na esperança do que vem.
Não se atrasem com o que morre, porque o que morre é o que é sombra, o que morre é a oposição, a resistência.
O que nasce é a facilidade, é a Unidade, é o Grande Espírito.

***
Entreguem-se, transfiram seus sofrimentos à Mãe Terra, a sua natureza, às suas árvores, intermediários milagrosos entre o Céu e a Terra, capazes, hoje mais ainda do que em minha época, de ligá-los ao Grande Espírito e à Unidade.
A visão sombria poderia lhes fazer dizer que a Mãe Terra morre, a visão sombria gostaria lhes fazer dizer que a Terra está poluída, que a Terra está destruída, mas a visão insuflada pelo Grande Espírito diz que a Terra nasce e dá à luz dela mesma em meio às Dimensões mais elevadas onde a sombra não mais existe.
A Terra porta e suporta toda Vida Unitária e Dual, ela não faz diferença.
Ela nutre todos seus filhos, sem exceção, mesmo se talvez o homem, por seu prazer de dominar, tenha provocado, em meio à grandiosidade da Terra, zonas de deterioração.
A Terra não é responsável disso.
Uma nova Terra aparece, neste momento mesmo.
Nessa nova Terra, uma nova natureza, novos espaços, novas formas de vida, novas Vibrações de vida.
Alguns de vocês percorrerão os caminhos da Nova Terra, em meio à sua Nova Dimensão.
Outros, muito numerosos, irão se reunir aos seus Céus de origem.
No meu Povo, durante minha vida, o parto de uma mulher era um grande dia, o dia em que, na tradição original de meu Povo e de minha cultura, mesmo os guerreiros deviam parar a guerra para honrar essa nova Vida, qualquer que fosse seu porvir.
Hoje, a humanidade, em sua totalidade, deverá também parar para honrar a Nova Vida da Terra.
Este processo de paragem é o que lhes será anunciado pela sua Mãe Maria.
Vocês mesmos irão então se entusiasmar, ou não, para acolher este nascimento, porque são vocês que também nascem em outro nível, em Outra Dimensão, onde a forma não está mais aprisionada, onde a Pureza e a Profundez são essenciais.

***
No silêncio da imensidão o som da Criação irá ressoar em sua cabeça e em seu coração.
Naquele momento, vocês irão saber que o Grande Espírito está muito perto.
O som, esse som que anuncia o retorno da Luz, que muitas almas já o vivenciam, essa Vibração especial, esse som que assinala a reconexão, o Grande Espírito Solar Miguel lhes entreteve longamente.
Da mesma maneira que uma mulher diz que chegou o momento de dar à luz, da mesma maneira a Terra o diz, da mesma maneira que, vocês, Filhos do Céu e da Terra, o sabem mais ou menos conscientemente, mais ou menos lucidamente.
Cada uma das Companheiras de Maria tem uma função, cada uma é um pilar, à sua maneira, esse pilar permitindo ancorar as virtudes essenciais durante este parto e este novo nascimento.
Como toda mãe, Maria, como eu, como todas as outras, portamos a Inteligência da Vida, a Inteligência criadora.
Nós também viemos cumprir as profecias, aquelas tendo existido em meio ao meu Povo, aquelas que o Grande Espírito as insuflou, particularmente aquelas de natureza feminina que transmitiram, desde ainda pouco tempo, bem após minha morte nesta densidade material, informações capitais para acompanhá-los nessa transformação.
Essas são simplesmente algumas palavras que eu desejava lhes transmitir.

***
Nós damos suporte à Maria, de maneira indefectível, em sua vinda.
O que nós conduzimos é o parto, a capacidade da Terra de se resgatar, de respirar em meio aos Mundos da Unidade onde sopra o Grande Espírito, permanentemente, o Grande Espírito que denominam a Fonte.
Nós damos apoio e acompanhamos Maria, como doze Estrelas, como doze Virtudes.
Doze virtudes que nascem também no interior de seu templo de carne, no interior de suas estruturas de personalidade e de Estado de Ser [Existência].
Esses doze pontos de Vibração que vocês aprendem a conhecer e a reconhecer e a viver.
Em meio à Coroa radiante da Cabeça, como em meio à Coroa radiante do Coração, doze flores estão em via de nascer.
Essas fores que nascem, vocês têm que aprender a conhecê-las, a reconhecê-las, a utilizá-las para se tornarem de novo, para aqueles que desejam, a Luz Pura, os Filhos e as Crianças da Lei de Um, as Crianças do Grande Espírito e reunificados, enfim, às suas origens.

***
Eu não irei mais adiante, hoje, para deixá-los se impregnar dessas palavras.
Eu voltarei também, para esta intervenção de palavras, para acompanhar a Radiância do Arcanjo Uriel, em meio a uma polaridade que eu qualificaria de maternal, no sentido o mais nobre, no sentido da filiação.
Vão para a pureza que vocês são, não mais para as sombras que acreditam, que apenas são sombras projetadas sem qualquer consistência em meio a estes Mundos da densidade de Luz.
Irmãos e Irmãs, Crianças do Céu e da Terra, Povo das Estrelas, Snow os acompanha.
Até breve.

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Mensagem da Amada SNOW no site francês:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=627
29 de Maio de 2010
(Publicado em 08 de Junho de 2010)
***
Tradução para o Português: Zulma Peixinho

terça-feira, 15 de junho de 2010

Promoção especial cds Daniel Namkhay !! cds a 50% !!

Olá Queridos Amigos !! Como o Mundial de Futbol já chegou e o planeta TODO (até em Papua Nova Guinea e na Mongólia !) fica só pensando numa bola que gira..decidi fazer uma super promoção de cds pacificos, nativos... que giram tambem...com a mensagem da Paz..!!!  A promoção é só durante o mes de junho e até durar este stock !! 
 
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Artesanato Xamânico

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que caminham pela boa estrada vermelha da vida. Aguardam apenas o chamado 
de cada guerreiro que saberá honrar sua força, magia e poder.' Wakan Wood



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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Dia da Terra ou Mãe Terra: qual a diferença?

Terra ou Mãe Terra: qual a diferença?

No ano passado, a Assembléia Geral das Nações Unidas acatou, por unanimidade, a proposta da Bolívia de declarar o dia 22 de abril, há 40 anos lembrado como o Dia da Terra, como o Dia Internacional da Mãe Terra. Muito além do nome, a mudança pode abranger a maneira como nos relacionamos com o planeta e com todos os outros seres que coabitam esta morada

Por Thays Prado -Planeta Sustentável - 21/04/2010

Nas mais diversas tradições indígenas ao redor do mundo, a Terra era vista como um ser vivo que proporcionava a existência aos povos da floresta e a todas as demais criaturas, era a matriz, a origem a partir da qual tudo nasce, a mãe-primeira.
As manifestações dessas culturas podem ser facilmente comprovadas, entre outras situações, no cuidado dos índios brasileiros com a Mãe Natureza, no culto dos povos andinos à deusa Pacha Mama – a mãe de toda a vida – e na famosa carta do chefe Seattle, cacique norteamericano, em resposta à proposta do presidente dos Estados Unidos, em meados do século 19, de comprar terras indígenas : “ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas, que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra” (Leia a resenha do livro A Carta do Cacique Seattle) ou http://eliane-sena-xamanismo.blogspot.com/2009/10/carta-do-chefe-indigena-seattle.html

No entanto, com o passar do tempo, mesmo tendo a própria ciência comprovado nossa interdependência com todos os seres do planeta; e ainda que se tenha disseminado a Teoria de Gaia, desenvolvida pelo cientista e ambientalista James Lovelock – que defende que a Terra se comporta como um grande organismo vivo, com mecanismos que mantêm suas condições favoráveis à existência da vida –, nos desconectamos do todo (Leia as resenhas dos livros: Gaia – Cura para um planeta doente e Gaia: Alerta Final).

A maioria de nós – ocidentais, racionais, pós-modernos, consumistas e individualistas que somos – enxerga o planeta como algo a ser explorado e, no máximo, preservado para que as futuras gerações também tenham o que explorar. Acostumados com o discurso de que tudo o que existe está aqui para servir aos seres humanos, nos colocamos acima das plantas, dos animais, da água, do solo e do ar e cultivamos uma visão pragmática e utilitarista em relação aos recursos da Terra e aos demais seres vivos. “Já dizia o livro bíblico do Gênesis que as coisas foram criadas por Deus para nosso serviço. Mas nos esquecemos de que o que nos serve não é inferior a nós e merece nossa honra, nosso cuidado e nossa profunda gratidão”, diz Lia Diskin, fundadora da organização Palas Athena e conselheira do Planeta Sustentável.

Felizmente, nos últimos anos, com o discurso da sustentabilidade cada vez mais presente, uma série de movimentos vêm propondo o retorno ao cuidado com a natureza, a valorização dos direitos humanos, a preservação das florestas e o fim dos maus tratos aos animais. A ecologia está inserida nos currículos escolares de maneira interdisciplinar e as novas gerações vêm sinalizando uma preocupação natural em relação ao desperdício de água e energia e mais consciência em relação aos seres vivos de modo geral. Ao mesmo tempo, a natureza dá sinais claros de que nosso atual estilo de vida não poderá ser sustentado por muito mais tempo.

Em meio a esse contexto que parece ganhar força, no dia 22 de abril do ano passado, a Bolívia, por meio de seu atual presidente de origem indígena, Evo Morales, propôs, em Assembléia Geral das Nações Unidas, em Nova York, que a data – há 40 anos lembrada como o Dia da Terra por diversos países – fosse reconhecida pela ONU como o Dia Internacional da Mãe Terra. A sugestão foi acatada por unanimidade.
Mas, na prática, qual a diferença de darmos ao planeta o título de mãe? Para Lia Diskin, “mudar o nome de algo é reconhecer ali uma identidade diferente.
Muito além do nome, a mudança pode abranger a maneira como nos relacionamos com o planeta.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

ÁBRETE CORAZÓN

Uma linda música que recebi do amigo Fabricio Azolin
Sou Grata, Eli



Ábrete corazón, ábrete sentimiento
Ábrete entendimiento, deja al lado la razón
Y deja brillar el sol, escondido en tu interior
Ábrete corazón, ábrete sentimiento
Ábrete entendimiento, deja al lado la razón
Y deja brillar el sol, escondido en tu interior
Ábrete memoria antigua
Escondida en las piedras
En las plantas, en el aire
Recuerda lo que aprendiste
Bajo agua, bajo fuego
Hace ya, ya mucho tiempo
Ya es hora ya, ya es hora
Abre la miente I recuerda
Como el espíritu cura
Como el amor sana
Y como el árbol florece
Y la vida perdura, Y la vida perdura

fonte: http://labirintosagrado.blogspot.com/

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Índio Cara Pálida

Índio cara pálida,  cara de índio.
Índio cara pálida, cara de índio.
Sua ação é válida, meu caro índio.
Sua ação é válida, válida ao índio.
Nessa terra tudo dá, terra de índio.
Nessa terra tudo dá, não para o índio.
Quando alguém puder plantar, quem sabe índio.
Quando alguém puder plantar, não é índio.


Índio quer se nomear, nome de índio.
Índio quer se nomear, duvido índio.
Isso pode demorar, te cuida índio.
Isso pode demorar, coisa de índio.

Índio sua pipoca, tá pouca índio.
Índio quer pipoca, te toca índio.
Se o índio se tocar, touca de índio.
Se o índio toca, não chove índio.
Se quer abrir a boca, pra sorrir índio.
Se quer abrir a boca, na toca índio.
A minha também tá pouca, cota de índio.
Apesar da minha roupa, também sou índio.

Índios - 19 de abril

Antes das cidades de asfalto e concreto serem erguidas, qual a vida que aqui existia?
Antes do Espanhol e do Português se tornarem os idiomas dominantes, que línguas aqui predominavam?...

– Povos Indígenas da América Latina –

Um antigo ditado indígena ensina: “Anda com mansidão sobre a terra – ela é sagrada.”

O que significa “andar com mansidão sobre a terra”?
Como proceder para senti-la sagrada?
O resgate do senso de orientação. A capacidade de acolhimento.
Um ponto de vista solidário.
A ancestral sabedoria indígena.
O cuidado com a Natureza.
E o cuidado com a Vida.
Menino da etnia Manoki aprende a tocar a flauta sagrada, durante ritual de iniciação.
Por algumas semanas, todos os meninos entre 12 e 14 anos da aldeia são reunidos para as festividades, rituais e cerimônias que marcam o rito de passagem para a idade adulta. Complexas e riquíssimas tradições – mitos e cosmovisões transmitidos através de símbolos, ritos, cânticos, danças e histórias.
Transmissão de valores regionais, comunitários e espirituais.
Os mistérios e os segredos que embelezam e banham de sentido e significado a jornada terrena.

O Sopro que no âmago do sopro reside.
O Silêncio que no coração do silêncio habita.
Mistérios...
Uma espiritualidade que, diferentemente da nossa, permeia todos os aspectos e todas as horas do dia.
O olhar amoroso e acolhedor para com a vida, em todas as suas manifestações e formas.

Menina da etnia Ache brinca com um filhote de porco-do-mato. Canindeyú, Paraguai
Diversas tribos indígenas mantêm um antigo costume de adoção de pequenos animais órfãos. Porcos-do-mato, quatis, macacos, preguiças e aves – criados como se fossem parte da família. O sagrado pulsar da Vida.
“Anda com mansidão sobre a terra –ela é sagrada.”
Todos os valores esquecidos e ignorados pelo nosso mundo “civilizado”, que necessitamos reaprender e resgatar.

Valores estes tão presentes e vivos nas culturas indígenas.
O respeito pelos mais velhos.
O cuidado para com as crianças e a infância.
Nas comunidades indígenas, todo pequeno aspecto e ato do cotidiano – sejam as pinturas corporais, os ornamentos ou as cerâmicas –transpira a espiritualidade e a identidade ancestral.

Pintura facial - Asurini do Xingu - Pará, Brasil







A anciã mexicana, da etnia Temoaya, nos dirige o olhar. A ancestral sabedoria acumulada. Os saberes e a herança étnica. O mundo que ela vê, quão diferente é do que os nossos olhos enxergam. Se sentássemos para ouvir as suas palavras, possivelmente nos diria:
“É preciso ter mais cuidado com o nosso planeta.”
“É preciso ter mais cuidado com a Vida.”
“Cuidai da infância – com mais atenção, amor e carinho.”
“Diante do atual descuido com o presente, que futuro podemos esperar?...”

A pequena índia rema suavemente. Na serenidade do seu riso, e por meio da alegria em seu olhar...ela nos recorda que, para além da nossa atribulada rotina moderna, existem outros valores, outras formas de se viver a vida. Outras alegrias, e uma nova esperança. Um outro mundo, impermeável às palavras. É preciso coração para habitá-lo. Nele, nem a vida teme a morte, nem a primavera ao outono dá lugar.


“Siga sua bem-aventurança.” Joseph Campbell

Pequenas índias da etnia Quechua - Incuyo, Peru

Pequeninos olhos da etnia Aymara - La Paz, Bolívia

Menina da etnia Pai Tavyterã - Paraguai

Menina da etnia Waorani (ou Huaorani) - Equador



E ao cuidarmos, respeitarmos e valorizarmos a cultura indígena...talvez também estejamos cuidando daquilo de mais valioso que possuímos:

A essência do nosso próprio ser. Um resgate daquilo que confere vida à nossa alma.

O Sopro, o Silêncio e a Vida.

fonte: Formatação: um_peregrino@hotmail.com

segunda-feira, 1 de março de 2010

“A Roda de Cura Xamânica”

Um momento mágico expandido pela energia de todos presentes...
O aroma suave dos incensos naturais e transformadores...
A vida celebrando e reconhecendo outros significados...
As canções preenchendo os corações...
Um Círculo de Cura foi formado em conexão com o Grande Mistério...
A energia sutil que preenche o Espaço Sagrado de cada ser...
Presentes luminosos que chegam para cada ser presente...
As canções alegrando os corações...
O toque do tambor que desperta nossa sabedoria ancestral...
As intuições e as inspirações vão chegando carinhosamente...
A cura acontece de várias formas e necessárias...
As canções encantando os corações...
O Amor Maior chega de forma magnânima e nos envolve integralmente...
A força dos elementos, a respiração profunda que nutre...
O poder da presença, a entrega total, a certeza de que Somos Todos Um...
As canções elevando os corações...
A certeza do bem, alheio à qualquer vontade...
Além do ilusório, a nossa luz interior brilha, expande...
O discernimento, o espiritual integrados na mesma dança...
As canções ascendendo os corações...
A sintonia espiritual se fortalece em um valor ainda maior...
Olhos nos olhos, cada ser transmitindo cores de cura ao outro ser...
Agradecimento por estar aqui neste exato instante...
As canções colorindo os corações... Sempre!
Permitam-se Sentir!!!
(Palavras Inspiradas após a realização de uma linda Roda de Cura).
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Segue a explicação deste trabalho que faz parte do universo xamânico.
A Roda de Cura Nativa é um trabalho xamânico sagrado e ancestral, onde através dos valores da sabedoria da espiritualidade indígena unimos nossos corações, nossos pensamentos, sentimentos e energias (PENSENE) que permeados por um amor maior ativa intensamente um processo de cura integral e natural, trazendo mais vitalidade e purificação para participante.
Quando se entra nesta sintonia, faz com que este trabalho proporcione a ativação de um processo de renovação e fortalecimento interior, procurando despertar sua força divina, para ampliar a forma que vemos essa dádiva chamada vida. Ampliar também a nossa qualidade de vida e assim, manter um equilíbrio entre corpo, mente e espírito, sempre com muito discernimento.
O som do tambor, a força da maracá (chocalho), as inspirações, o perfume da espiritualidade estarão presentes na mágica “conexão-coração”, gerando mutuamente o Espaço Sagrado de respeito, cura, paz, luz, amor e evolução e mais além.
Cada Roda de Cura Nativa que é realizada, propícia a ampliação da nossa integração e conexão com a “Mãe Terra”, com o “O Grande Mistério” e suas energias curativas naturais. Em cada encontro, em cada Roda, existe uma força natural e uma unicidade inexplicável em palavras, mas cheia de possibilidades em vivenciá-la plenamente, para isso permita-se e assim você será o seu próprio curador.
“Este é um trabalho universalista em que todas as pessoas podem participar”.
- Projeto Xamanismo e Consciência - Vitor Hugo França -
Site: www.vozdoselementos.com.br

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Introdução ao XAMANISMO, com Alexandre Meireles

Introdução ao XAMANISMO

 
O Resgate do Poder Pessoal

 
No decorrer de nosssas vidas, por forças internas ou externas, conscientes ou inconscientes, entregamos para os outros ou perdemos o nosso poder pessoal. O Xamanismo vai te levar à REdescoberta de um Universo de possibilidades totalmente novas...Você!
Quando nascemos nosso espírito traz consigo toda força, poder e dons necessários para nossa caminhada.
  •  Sincronicidade
  • Aliados de Poder
  • Quebra de padrões
  • Eliminar auto-sabotagem
  • Resgate do Poder Pessoal
 Facilitador: Alexandre Meireles 
 Data:27 e 28 de Fevereiro de 2010 
 Horário: das 09:00 às 17:00 hs 
 Local: Aldeia & Circulo das Tradições 
 Rua Madre Emilie de Villeneuve, 77 - Vila Mascote 
 
 Investimento: 3 x R$ 110,00 ou R$ 290,00 à vista 
 Material: trazer um caderno e caneta e vir com roupas confortáveis 
Inscrições pelo telefone 7106-8133, com Elide.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O teólogo Leonardo Boff fala lindamente sobre a Umbanda

"Quando atinge grau elevado de complexidade, toda cultura encontra sua expressão artística, literária e espiritual. Mas ao criar uma religião a partir de uma experiência profunda do Mistério do mundo, ela alcança sua maturidade e aponta para valores universais. É o que representa a Umbanda, religião, nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1908, bebendo das matrizes da mais genuina brasilidade, feita de europeus, de africanos e de indígenas. Num contexto de desamparo social, com milhares de pessoas desenraizadas, vindas da selva e dos grotões do Brasil profundo, desempregadas, doentes pela insalubridade notória do Rio nos inícios do século XX, irrompeu uma fortíssima experiência espiritual.
O interiorano Zélio Moraes atesta a comunicação da Divindade sob a figura do Caboclo das Sete Encruzilhadas da tradição indígena e do Preto Velho da dos escravos. Essa revelação tem como destinatários primordiais os humildes e destituídos de todo apoio material e espiritual. Ela quer reforçar neles a percepção da profunda igualdade entre todos, homens e mulheres, se propõe potenciar a caridade e o amor fraterno, mitigar as injustiças, consolar os aflitos e reintegrar o ser humano na natureza sob a égide do Evangelho e da figura sagrada do Divino Mestre Jesus.
O nome Umbanda é carregado de significação. É composto de OM (o som originário do universo nas tradições orientais) e de BANDHA (movimento inecessante da força divina). Sincretiza de forma criativa elementos das várias tradições religiosas de nosso pais criando um sistema coerente. Privilegia as tradições do Candomblé da Bahia por serem as mais populares e próximas aos seres humanos em suas necessidades. Mas não as considera como entidades, apenas como forças ou espíritos puros que através dos Guias espirituais se acercam das pessoas para ajudá-las. Os Orixás, a Mata Virgem, o Rompe Mato, o Sete Flechas, a Cachoeira, a Jurema e os Caboclos representam facetas arquetípicas da Divindade. Elas não multiplicam Deus num falso panteismo mas concretizam, sob os mais diversos nomes, o único e mesmo Deus. Este se sacramentaliza nos elementos da natureza como nas montanhas, nas cachoeiras, nas matas, no mar, no fogo e nas tempestades. Ao confrontar-se com estas realidades, o fiel entra em comunhão com Deus.
A Umbanda é uma religião profundamente ecológica. Devolve ao ser humano o sentido da reverência face às energias cósmicas. Renuncia aos sacrifícios de animais para restringir-se somente às flores e à luz, realidades sutis e espirituais.
Há um diplomata brasileiro, Flávio Perri, que serviu em embaixadas importantes como Paris, Roma, Genebra e Nova York que se deixou encantar pela religião da Umbanda. Com recursos das ciências comparadas das religiões e dos vários métodos hermenêuticos elaborou perspicazes reflexões que levam exatamente este título O Encanto dos Orixás, desvendando- nos a riqueza espiritual da Umbanda. Permeia seu trabalho com poemas próprios de fina percepção espiritual. Ele se inscreve no gênero dos poetas-pensadores e místicos como Alvaro Campos (Fernando Pessoa), Murilo Mendes, T. S. Elliot e o sufi Rumi. Mesmo sob o encanto, seu estilo é contido, sem qualquer exaltação, pois é esse rigor que a natureza do espiritual exige.
Além disso, ajuda a desmontar preconceitos que cercam a Umbanda, por causa de suas origens nos pobres da cultura popular, espontaneamente sincréticos. Que eles tenham produzido significativa espiritualidade e criado uma religião cujos meios de expressão são puros e singelos revela quão profunda e rica é a cultura desses humilhados e ofendidos, nossos irmãos e irmãs. Como se dizia nos primórdios do Cristianismo que, em sua origem também era uma religião de escravos e de marginalizados, "os pobres são nossos mestres, os humildes, nossos doutores".
Talvez algum leitor/a estranhe que um teólogo como eu diga tudo isso que escrevi. Apenas respondo: um teólogo que não consegue ver Deus para além dos limites de sua religião ou igreja não é um bom teólogo. É antes um erudito de doutrinas. Perde a ocasião de se encontrar com Deus que se comunica por outros caminhos e que fala por diferentes mensageiros, seus verdadeiros anjos. Deus desborda de nossas cabeças e dogmas."

fonte: marcelo dalla -